PALAVRAS

A força da oração

Quanto maior seu amor por Deus, mais forte será sua oração.

19/12/2016

Por: Apóstolo Valdemiro Santiago

Matéria de: Victor Correa

Quem não quer uma oração forte? Uma oração forte não consiste na capacidade ou nas palavras usadas. A oratória rende orações lindas, mas não é isso que faz uma oração forte. Jonas orou em pensamento e Deus o tirou da baleia, enquanto Davi dizia que antes das palavras saírem de sua boca, Deus as ouvia. Biblicamente falando, a força da oração está na relação com Deus. Davi disse, no Salmo 34, dizendo que falaria bem do Senhor o tempo inteiro. Sua oração pode ser forte, pois a oração forte é aquela que traz resposta, que toca o coração de Deus e traz resultado. Em uma de suas piores fases de vida, Davi escreveu o Salmo 34 e disse: “Provai e vede que o Senhor é bom”. Ele estava humilhado, se fingindo de doido para não morrer. Ele era tão íntimo de Deus que o Senhor já o ouvia. Nossa preocupação precisa ser tocar o coração de Deus. Toque o coração de Deus para levar o que você precisa buscar. Deus fala conosco para mostrar a força da oração. A mensagem está em Mateus 16. Jesus perguntou aos discípulos quem o povo dizia que Ele era. Se todos gostassem de Deus, aceitariam a Jesus como Salvador, mas nem todos gostam de nós como somos. Jesus, sendo Perfeito, Santo, Forte, ainda assim não gostam Dele. Ele foi o único ser perfeito na Terra que já viveu. Quando Deus deu a visão ao profeta Isaías, quase seiscentos anos antes, mostrou a ele Seu Filho na cruz do calvário. Isaías viu a Jesus mais desfigurado do que qualquer outro que já viveu. Ninguém ficou tão machucado e defeituoso quanto Jesus Cristo, pelos nossos pecados. Isaías, no capítulo 53, diz que não havia nenhuma beleza que agradasse, ele via o ser perfeito como o mais feio e humilhado. Esses males, defeitos e machucados eram meus e seus, era uma maneira de Jesus dizer que estava com dor, feio, desfigurado, humilhado e desprezado por causa do amor que tem por você. Ele abriu mão da perfeição, da beleza, enquanto nós somos tão vaidosos. Ele abriu mão da riqueza, por tão ambiciosos e avarentos que somos. Abriu mão do conforto, da glória, nunca havia sentido dores e as aceitou por nossa causa. O ser perfeito se transformou num ser que as pessoas não gostavam nem de olhar. O Pai não queria aquilo para o Filho Dele. A cruz foi uma porta aberta para que pudéssemos ter acesso ao Santo dos santos. Jesus se deu para que o véu se rasgasse e não precisássemos de mediadores ou sacerdotes, mas a oração se tornasse forte, capaz, ecoasse no Trono da Graça. Hoje, é possível falar com Deus, ecoar no céu as nossas palavras. Nenhum de nós, enquanto pais, queremos ver nosso filho chicoteado, ferido, humilhado e sofrendo até a morte. Em todos os lugares, Jesus dizia que o Pai estava com Ele e os milagres aconteciam, mas quando Ele estava na cruz, desfigurado, Ele orou diferente, se sentiu desamparado, porque eu acredito, o Pai virou para o outro lado, para não ver o Filho daquela forma. Jesus, na cruz, orou como qualquer um de nós. Imagine, nós já nos sentimos desamparados, mas coloque-se no lugar de Jesus. Ele viveu com o Pai, sabe o que o Pai pensa e o Pai sabe o que Ele pensa, mas naquele momento, Ele era um estranho, um leigo para o Pai. Foi muito alto o preço que o Pai e o Filho pagaram para que nós pudéssemos ter o poder da oração.

O preço foi muito alto para discutirmos sobre religião, sobre rebeldia e sobre associações de amor, amizade e obediência a Ele pelas nossas necessidades. É nesse momento que voltamos a Mateus 16 e Jesus perguntava: “O que eles acharam de mim? O que falam de mim?”.

Muitas foram as nomenclaturas que deram a Jesus, mas não deram o devido valor a Ele. Há tantos tipos de crentes, alguns que valorizam a Jesus conforme o que recebem, outros que em determinados momentos da vida glorificam, amam, jejuam e a vida está em paz e, em momentos de escassez, reclamam, desanimam. Não se pode dizer que fazem de coração. Mesmo entre bispos, o semblante de alguns deles mudam conforme suas posições. Assim é com todas as classes. Jesus queria saber qual era a importância que Ele tinha nos assuntos das pessoas, mesmo sabendo o que todos pensavam, para, em seguida, perguntar aos próprios discípulos sobre quem eles diziam que Ele era. O analfabeto entre eles, que tinha um amor incrível mesmo falho, confessou que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo. A confissão de Pedro foi pelo Espírito Santo. A seguinte citação de Jesus causa confusão para muitos, porque Pedro, pelos dicionários de alguns, significa pedra, enquanto Jesus fala sobre si mesmo, a Pedra de Esquina Angular. Jesus é a pedra na qual a igreja foi edificada. A Pedra Fundamental, rejeitada pelos homens, que sustenta o edifício. Qualquer igreja edificada sobre Pedro, acaba, mas se edificada sobre Jesus Cristo, jamais acaba e as portas do inferno não prevalecem contra ela. Por sua confissão, Jesus cedeu a Pedro as chaves do reino dos céus. Isso levou erroneamente as pessoas para imaginar que São Pedro é quem faz chover ou que ele é porteiro em um céu. Pedro não abre portas para ninguém, a chave era para ele usar enquanto vivo na Terra, não no céu. No céu, caminharemos no brilho do rosto do nosso Senhor. No céu não precisa de chave porque não existe porta fechada. Em seguida, Jesus diz que o que for aberto na terra, será aberto no céu. Essa chave liga e desliga entre terra e céu. A força da oração está no quanto Deus é importante na sua vida. A força da oração está no tanto que você ama a Deus. Quanto mais Deus significar na sua vida, mais forte será a sua oração. Quanto mais você gostar de Deus, mais forte será sua oração. Se você tem consciência de que gosta mesmo de Deus, de que ama mesmo a Deus, você pode orar a hora que você quiser, em qualquer circunstância, que você será ouvido. Palavras bonitas não tocam o Pai da Sabedoria, o que toca o coração de Deus é o que está dentro de nós, o que Ele significa para nossa vida. Essas orações de exigência são abominações, a oração forte é esta: bendirei ao Senhor em todo o tempo. Escolha quem ama a Deus para orar por vocês.